Correio militar no 9 de julho foi tema de palestra
O
papel do correio militar nos três meses da Revolução Constitucionalista de 1932 foi tema de palestra, 4 de julho, às 19h30, no Museu
Prudente de Moraes. A apresentação foi realiazada por Edson Rontani Júnior, jornalista e
presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba.
Rontani
lembra que São Paulo teve um fato inédito na Revolução de 1932, possuindo três
serviços de Correios: o correio civil, o correio Militar MMDC e o correio
federal. Este último sofreu censura e boicote do governo federal, já que o
levante popular era contra o presidente da República, Getúlio Vargas. “O papel
do correio militar merece registro pois era a forma pela qual os voluntários se
comunicavam com suas cidades e seus familiares e tinha logística feita pelos
soldados que estavam nos frontes de batalha, havendo franquia gratuita no envio
dar cartas”, diz Rontani.
Isso
tudo será relatada no livro “Cartas a Piracicaba” que o palestrante deve lançar até outubro. Ele conta que sentiu esta necessidade de registrar as cartas pois são
elas as fontes fiéis sobre a batalha de 1932, quando piracicabanos foram à
divisa norte do estado de São Paulo numa época em que engatinhavam o cinema
sonoro, o rádio e outros meios de comunicação.
“Um
peso muito forte neste tema foi a última carta de Natal Meira Barros, meu
tio-avô, morto aos 17 anos da Revolução Constitucionalista, sendo guardada por
décadas por meu familiares; a morte dele dilacerou a família”, lembra.
Edson
Rontani Júnior é jornalista, tem paixão desde sempre sobre a Revolução de 1932
por esta influência familiar. Atuou como presidente do Núcleo MMDC Voluntários
de Piracicaba de 2013 a 2021. Atualmente é o responsável pelo departamento da
Revolução de 1932 do IHGP junto a André Manoel da Silva.
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